segunda-feira, 20 de junho de 2011

AS BÊNÇÃOS PROCEDENTES DE DEUS, O PAI



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Texto: Ef. 1:4-6.
Introdução:

    Amados irmãos, a carta de Paulo aos efésios é a carta das manifestações da Trindade Santa. No primeiro capítulo Paulo já narra com muita clareza as manifestações do Deus Pai, do Deus Filho e do Deus Espírito Santo. Efésios exalta com muita clarividência a Trindade Santa.
    Paulo tinha como um dos seus objetivos trazerem orientações claras à Igreja de Éfeso sobre a obra do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Infelizmente, muitos cristãos até hoje não sabem discernir com sabedoria a obra do Pai, a obra do Filho e a obra do Espírito Santo.
    Amados irmãos, é importante entender a obra e as dispensações da Trindade Santa. O Pai teve a sua obra principal na criação e uma atuação profunda da criação até os evangelhos. O Filho teve a sua obra principal na salvação e uma atuação profunda dos evangelhos até a sua ascensão. O Espírito Santo teve a sua obra principal na aplicação da redenção e sua atuação profunda começou no pentecoste e continua até hoje.
    Paulo queria mostrar nos versos de 4 até o 14 com toda convicção algumas bênçãos do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
    Diante disso, hoje eu quero compartilhar com os amados irmãos sobre o seguinte tema: As bênçãos procedentes de Deus, o Pai.



    Amados, Paulo narra com muita clareza três bênçãos procedentes do Pai nos servos 4 a 6.
  1. Benção da eleição, v. 4.
Amados irmãos, Paulo vai começar narrar a obra individual do Pai, do Filho e do Espírito Santo. E ele começa falando das bênçãos procedentes do Pai. E a primeira benção que procede do Pai é a maior benção na vida do ser humano, a sua eleição para a salvação eterna, v. 4. Vamos aprender algumas coisas sobre essa benção:
  • A eleição é um ato da livre e soberana graça de Deus. Deus em um dos seus atributos que é a sua santa soberania resolveu escolher alguns dos homens dentre todos os homens da humanidade para a salvação em Cristo Jesus.
  • Em nenhum momento Paulo trata da questão da eleição como um tema para discussões frívolas e acadêmicas. Pelo contrário, ele entra nesse tema com toda convicção e certeza e declara claramente que Deus em sua soberania nos escolheu antes da fundação do mundo.
  • A Bíblia nunca argumenta ou questiona da doutrina da eleição, simplesmente a coloca com toda clareza diante de nós. Francis Foulkes tem razão quando diz que a doutrina da eleição não é levantada como um assunto de controvérsia ou de especulação.
  • John Stott disse: "A doutrina da eleição não foi inventada por Agostinho de Hipona nem por John Calvino de Genebra. Pelo contrário, é sem dúvida, uma doutrina Bíblica, e nenhum cristão genuíno pode ignorá-la".
  • O Dr. Gambrell, presidente da Convenção Batista do Sul de 1917 a 1920, disse que grandes avivamentos têm resultado da pregação heróica das doutrinas da graça, pois Deus honra a pregação que o honra. "Diz ele, vamos trazer artilharia pesada do céu e trovejar contra essa época presunçosa, como fizeram Whitefield, Jonatas Edwards, Spurgeon e Paulo, e os mortos receberão vida em Cristo".
  • Amados irmãos, as provas Bíblicas acerca da eleição são incontestáveis.
  • Charles Spurgeon talvez um dos maiores defensores da eleição disse três verdades extraordinárias sobre a eleição:
    1. Tenho certeza que Deus me escolheu antes de nascer, porque depois de nascer Ele jamais me escolheria;
    2. Tenho certeza que Deus me escolheu por razões que desconheço, porque não vejo nenhum motivo em mim para que ele me escolhesse;
    3. Tenho certeza que Deus me escolheu, porque se Ele não me escolhesse eu jamais o escolheria.
  • Amados, se cremos na doutrina da eleição estamos acompanhados de uma equipe de alto nível: Jesus Cristo, Paulo, Pedro, João, Agostinho, João Crisóstomo, Lutero, Calvino, Zwinglio, John Knox, John Owen, Thomas Goodwin, Jonatas Edwards, George Whitefield, Charles Spurgeon, John Broadus, Martin Lloide Jones, John Stott, Russell Shedd e tanto outros grandes homens e teólogos da história da Igreja.
  • Por tudo isso Paulo disse: "Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo Jesus".
  • Podemos concluir dizendo que a doutrina da eleição é uma revelação divina, e não uma especulação humana; ela é um incentivo a santidade, e não uma desculpa para o pecado; é um estímulo a humildade, e não um motivo para o orgulho; é um encorajamento à evangelização, e não uma razão para o descuido na evangelização.

  1. Benção da adoção, v. 5b.
Amados irmãos, a segunda benção que Paulo fala e que é procedente do Deus Pai é a adoção. Talvez uma das coisas mais lindas que a humanidade já conheceu seja a adoção. Vamos aprender algumas coisas sobre a benção da adoção do Deus Pai:
  • Precisamos saber e entender que Deus tem um único Filho legítimo, Jesus Cristo.
  • No regime romano, a família baseava-se no regime pátria potestas, ou seja, o poder do pai. Sob a lei romana, o pai possuía poder absoluto sobre seus filhos enquanto vivessem. Podia vendê-los, escravizá-los e até mesmo matá-los. O Pai tinha direito de vida e de morte sobre os seus filhos.
  • A adoção consistia em passar de uma pátria postestas para outro. O filho adotivo ganhava uma nova família, passava usar o nome do novo pai e herdava seus bens.
  • Essa adoção apagava o passado e iniciava uma nova relação com todos os direitos legais.
  • Amados irmãos, Deus escolheu-nos e destinou-nos para sermos membros de sua própria família com todos os direitos legais.
  • A eleição da graça outorga a todos nós não apenas um novo nome, um novo status legal e uma nova relação familiar, mas também uma nova imagem, a imagem de Cristo, ROM. 8:29.
  • A adoção é um projeto lindo, maravilhoso. Um filho natural pode vir quando os pais não esperam ou até mesmo quando querem ou ainda não se sentem preparados. Mas a adoção é um ato consciente, deliberado e resoluto de amor. É uma escolha voluntária, espontânea e livre.
  • Na lei romana, os filhos adotivos desfrutavam dos mesmos direitos dos filhos legítimos. Os filhos adotivos recebem o nome da nova família e torna-se herdeiro natural dessa família.
  • Amados irmãos, foi exatamente isso que Deus fez por todos nós em Cristo Jesus. Nos adotou como filhos legítimos da sua própria família. Deu-nos todos os direitos da herança como filhos. Deu-nos um novo nome na nova família e nos autoriza a viver e gozar todos os privilégios dessa nova família.
  • Mas somos ainda filhos gerados por Deus. Somos nascidos do alto, de cima, do céu, do Espírito Santo. Somos coparticipantes da natureza divina. Deus nos escolheu para vivermos como filhos amados dEle. "O próprio Espírito Santo dá testemunho ao nosso espírito de que somos filhos de Deus". Rom. 8:16.
  • Por tudo isso Paulo disse: "Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo Jesus".

  1. Benção da aceitação, v. 6.
Amados irmãos, que benção maravilhosa Deus nos aceitar em Cristo Jesus. Não existe coisa que eleva mais a auto estima de uma pessoa do que ela ser aceita por outra pessoa com alegria. Agora imagine ser aceito por Deus. Vamos aprender algumas coisas sobre a nossa aceitação por Deus:
  • Lembre-se sempre não fomos nós que aceitamos a Deus, foi Ele que nos aceitou em Cristo Jesus.
  • Não podemos fazer nós mesmos aceitáveis a Deus. Nossa justiça é como trapo de imundícia aos seus olhos. Mas, Ele, por sua graça e misericórdia nos fez aceitáveis em Cristo Jesus.
  • Não fomos nós que aceitamos a Deus. Porque não fomos nós? Porque todos nós estávamos mortos em nossos delitos e pecados. Morto não aceita ninguém. Morto não faz nada.
  • Mas, Deus, mesmo nós estando mortos em nossos delitos e pecados nos aceitou em Cristo Jesus e nos ressuscitou para uma viva esperança.
  • Cristo habita para sempre no amor infinito de Deus, e como estamos em Cristo Jesus, o amor de Deus para com Cristo em nós de uma maneira maravilhosa.
  • Quando o filho pródigo chegou em casa com as vestes sujas e fétidas da pocilga, o Pai o abraçou e o beijou e lhe deu nova roupagem. Ele se tornou aceitável ao Pai.
  • O Pai celestial aceitou aquele filho do jeito que ele estava. Deus nos aceitou do jeito que nós estávamos. Sujo, fético, morto, pobre, condenado, separado da sua glória e dominado pelo pecado e pelo diabo.
  • Por tudo isso Paulo disse: "Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo Jesus".

  1. Conclusões e aplicações:
Amados irmãos, eu quero concluir a mensagem de hoje com algumas aplicações para todos nós:

    O Deus Eterno é o Pai das misericórdias que nos escolheu, adotou e aceitou como somos.

    Diante de tão grande amor, o que você tem feito para esse Deus maravilhoso?

    Você pelos menos tem vivido uma vida de acordo com a sua vontade?

    Você tem procurado no dia a dia louvá-lo e adorá-lo com sua vida?

    A sua vida revela o Deus que você professa crer e amar?

    Você honra a Deus pelo que Ele fez por você?

    Que a partir de hoje possamos glorificar e honrar de todo o nosso coração esse Deus maravilhoso que nos escolheu em Cristo Jesus.